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“A lógica do consumo está na contramão do cuidado com o ambiente” – Eduardo Mortimer

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O deslizamento de terras na região serrana do Rio de Janeiro, o acidente nuclear na usina de Fukushima, no Japão, o aquecimento global e a decisão do governo alemão de fechar todas as centrais nucleares até 2022 são apenas alguns fatos da história recente que revelam a importância do conhecimento científico no século 21, sob pena de, como criaturas, sermos tragados pela nossa própria criação.

A química, ciência eminentemente moderna, mas com raízes na mais ancestral antiguidade, faz parte desse conhecimento. Cada vez mais presente no dia a dia da humanidade, teve papel ativo nas três revoluções técnico-científicas que impulsionaram as sociedades industriais e se constitui ainda hoje num fundamental elemento das ciências nas sociedades pós-industriais. Alçada ao status de ciência autônoma, faz parte do currículo escolar das escolas de ensino médio, possuindo cursos de graduação e pós-graduação nas principais universidades do mundo.

Um dos grandes autores de livros didáticos dessa disciplina no Brasil é o professor Eduardo Mortimer, nosso entrevistado desta semana, que acaba de ter o livro Química (Scipione) aprovado no PNLD 2012. Na entrevista a seguir, ele fala de assuntos relacionados à química moderna que afetam o planeta, mostrando sua preocupação com o desenvolvimento de um capitalismo que parece guiar-se unicamente pela lógica da produção e do consumo irracionais. Como professor, Mortimer discorre ainda sobre o ensino de química, chamando a atenção para a importância do diálogo com os alunos e para a ênfase que se deve dar no ensino aos modos de investigação próprios da química.

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Professor, para começar, gostaria que falasse como nasceu o seu interesse pela química.
Meu interesse pela química é algo que existe desde quando eu era criança e fazia experiências com diversos reagentes. Eu tinha um laboratório em casa, que ficava na garagem, e gostava muito de misturar as coisas para ver no que davam. Me lembro de certa ocasião quando ganhei um pouco de ácido sulfúrico de um colega que cursava o ensino médio. Eu ainda estava no então “ginásio”. Devia ter na época uns doze anos. Fiquei entusiasmado com o ácido sulfúrico. Coloquei-o para reagir com um pedaço de zinco, recolhi o gás e o fiz explodir – era hidrogênio. No dia seguinte minha mãe lavou alguns lençóis e os colocou para “quarar”, estendendo-os no pátio. Quando, ao final da manhã, ela foi recolher os lençóis, viu que eles estavam com rombos enormes. Era o resultado da minha festa com o ácido sulfúrico no dia anterior. Minha mãe imediatamente percebeu que eu tinha algo a ver com aquilo. Quando cheguei da escola, todo o meu laboratório tinha sido jogado no lixo.

E sua formação, como foi?
Ingressei no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Minas Gerais quando tinha onze anos. Desde então, nunca mais saí da universidade. Fiz o curso técnico de química no Colégio Técnico (Coltec), que era maravilhoso, com professores excelentes. Passávamos o dia em laboratórios de química analítica, de química orgânica. Aprendi muito sobre química no Coltec e, entusiasmado, resolvi fazer o curso superior de química. Se no curso técnico tinha aprendido tanta coisa, imaginava que num curso superior aprenderia muito mais. Ledo engano. Passei por todo o curso e as únicas disciplinas em que vi alguma novidade foram as de físico-química e as de estrutura da matéria. No restante, sempre ficava esperando a novidade, que nunca vinha.

Os professores não eram bons?
Não, não era culpa do professores, mas do excelente curso que eu havia feito no Coltec. Fiquei bastante decepcionado com o curso superior, até que comecei a cursar as disciplinas da Faculdade de Educação (FaE), depois de já ter concluído o bacharelado em química. Para minha surpresa, e um pouco por uma feliz coincidência, todos os professores que tive eram excelentes. Me apaixonei pela FaE e lá ingressei como professor auxiliar, em 1983. Hoje sou professor titular, depois de ter cursado o mestrado na própria faculdade, o doutorado na USP, com um “sanduíche” na Inglaterra, onde iniciei minha carreira internacional. Fiz pós-doutorado nos Estados Unidos, com o professor James Wertsch, na Washington University, em Saint Louis. Em 2003/2004, fui professor convidado na Universidade de Lyon II, na França, trabalhando com a professora Andrée Tiberghien. Tenho muito coisa publicada no estrangeiro, entre as quais destaco um livro em parceria com o professor Phil Scott, Meaning making in Secondary Science Classroom, editado pela Open University Press. Recebi recentemente um prêmio do Departamento de Educação em Ciências e Matemática da Universidade de Estocolmo, na Suécia, pelo impacto do conjunto da minha obra e particularmente deste livro junto aos educadores e professores suecos.

Como começou a produzir material didático?
A história do nosso livro de química remonta a 1989, quando comecei a trabalhar com professores desta área. Eu fazia críticas ao ensino tradicional de química e os professores começaram a cobrar conteúdos didáticos alternativos, para que pudessem implementar as ideias que discutíamos. Comecei desde então a produzir o material, que era implementado pelos professores em sala de aula. Deste processo surgiam críticas e eu as absorvia para melhorar o material. Deste esforço surgiu a primeira apostila, editada pelo CECIMIG, em 1996: Introdução ao estudo da química: Propriedades dos materiais, reações químicas e teoria da matéria. Logo a seguir tivemos demanda para trabalhar no currículo de química do estado de Minas Gerais e, agora, junto com a professora Andréa Horta Machado, produzimos a segunda apostila em 1999: Química, energia e ambiente.

E a Scipione, como entrou nessa história?
Em 2000, fomos procurados pela Scipione, que se interessava em publicar um livro de química para o ensino médio que contivesse uma abordagem moderna, baseada em pesquisa, centrada no estudante, com várias atividades experimentais e uma visão da química colada ao ambiente e à sociedade. A editora percebia a existência de um nicho particular que teria interesse num livro desse tipo. Isso correspondia exatamente às nossas apostilas. Assim, depois de alguns acréscimos, chegamos, em 2002, ao livro Química para o ensino médio, que foi publicado pela Scipione na Série Parâmetros. Em 2007, o MEC selecionou este livro, junto com cinco outros de química, para distribuição no então PNLEM [Programa Nacional de Livro Didático de Ensino Médio], e ele estourou. Para essa nova versão do PNLD 2012, que previa três volumes, tivemos de escrever alguns capítulos novos e todo o volume 3, que tem uma abordagem bastante contextualizada de temas atuais, como aquecimento global, águas urbanas, química de materiais recicláveis etc.

O que o motiva a escrever livros didáticos de química?
Meu interesse é, como professor titular de uma universidade federal e como pesquisador do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], contribuir para a melhoria do ensino da química no país. Nesse sentido, a tarefa de escrever um livro didático, à qual dediquei 15 anos de intensa atividade de pesquisa e desenvolvimento, me parece de fundamental importância. É a chance de ver a pesquisa em ensino traduzida em atividades, textos e projetos para os alunos, que podem aprender a química efetivamente como uma leitura do mundo, como algo colado à sua vida social e ao seu ambiente.

Na sua opinião, quais as qualidades que um bom professor de química deve buscar?
A primeira qualidade é saber ouvir seus estudantes, levar em consideração suas formas de pensar e falar, dialogar com eles. A segunda é buscar sempre novidades para suas aulas – textos e experimentos novos, por exemplo. A terceira qualidade é saber planejar atividades e saber conduzi-las. E a quarta é ter segurança quanto ao conteúdo químico das suas aulas.

E o que você acha que falta ao professor de química que poderia contribuir para melhorar o ensino desta disciplina?
Falta saber ouvir e valorizar as opiniões dos estudantes, mesmo que divergentes do ponto de vista científico. Falta saber promover o diálogo em sala de aula. Isso só se adquire com experiência em aulas dialogadas e com o hábito de ouvir os alunos.

Quais as dificuldades mais comuns dos alunos nas aulas de química?
A principal delas é com a falta de contexto das aulas, com uma química pela química, sem sentido para a maioria. Exige-se que o aluno decore nomes e fórmulas, aprenda regras e macetes, sem lhe dizer o que fazer com isso, a não ser se preparar para o vestibular. Eu acredito que um aluno que veja a química como uma ciência contextualizada e plena de significados no seu dia a dia não terá tantas dificuldades com a matéria. Ainda que alguns assuntos permaneçam difíceis, ele verá um sentido em estudá-los.

Que conselho daria a um estudante que pretende ingressar na carreira de químico?
Que ele busque trabalhar como bolsista de iniciação científica e, dessa forma, que ingresse em um laboratório, seja de pesquisa ou de ensino. Dessa forma, ele poderá vivenciar a ciência que está sendo feita na universidade, algo que ele não teria oportunidade apenas cursando as disciplinas do curso. E, uma vez nesse laboratório, que seja um aluno curioso, investigue, tenha iniciativa.

E depois de formado, que opções ele encontra?
Depois de formado esse aluno poderá trabalhar na própria carreira de pesquisador, após fazer o mestrado e o doutorado, ou poderá buscar emprego na iniciativa privada. Por exemplo, a Petrobrás, outras empresas do setor petroquímico,  empresas produtoras de tintas, plásticos etc. Nesses casos, ele também terá mais oportunidades se tiver cursado um mestrado e um doutorado. Ou, ainda, poderá abrir seu próprio negócio, uma fábrica de cosméticos ou de detergentes, por exemplo.

A forma de ingresso às universidades federais está sofrendo uma grande alteração em nosso país com a adoção do modelo de provas do Enem. Na sua opinião, isso é suficiente para democratizar o acesso?
O Enem, enquanto exame nacional, significa uma grande mudança nos nossos currículos, que se tornarão mais unificados. Isto, num país de dimensões continentais como o Brasil, pode ser um problema. No entanto, ao valorizar a contextualização dos conhecimentos, o Enem pode estar trazendo uma mudança profunda nos nossos currículos, que são, até hoje, puramente conceituais. Um exame nacional tem força para mudar o ensino e espero que isso aconteça na direção da contextualização dos conhecimentos, de tornar a ciência mais relevante para o desenvolvimento da cidadania, para a resolução dos problemas sociais e ambientais.

No caso da área de química, o currículo do ensino médio é adequado?
Eu acho que os currículos, como expressos nos PCNs [Parâmetros Curriculares Nacionais] e nos vários documentos que são desdobramentos dos PCNS, contêm boas indicações sobre o que ensinar e como ensinar. Esses documentos significam um avanço para o ensino de química, pois incorporam uma série de sugestões que a pesquisa em ensino de química tem insistido nos últimos anos. Eu destaco, por exemplo, a contextualização dos conhecimentos químicos, a necessidade de o aluno participar ativamente do processo de ensino e aprendizagem, a necessidade de estabelecer um diálogo com os pontos de vista dos alunos, com os seus conhecimentos prévios, e, ainda, a valorização da história da ciência e do ensino por investigação. O problema é que os PCNs não têm funcionado como orientação curricular no Brasil. O currículo verdadeiro é constituído pelos programas dos vestibulares das principais universidades.

Quais são as novas teorias na educação em química?
A principal novidade no ensino de química é o ensino por investigação. Nesse novo ensino, o aluno deve aprender, além do conteúdo da química e do contexto em que ele se aplica, os modos de investigação que são próprios desta disciplina, sua natureza enquanto ciência, sua evolução histórica. Muito disso pode ser encontrado no nosso livro da Scipione.

Você mantém contato com os professores de química do país?
Esse é um projeto que tenho para este livro que lançamos pela Scipione [Química, que foi aprovado no PNLD 2012]. Eu me relaciono muito bem com professores de todo o país, que encontro em diferentes congressos e atividades da área de ensino de química e ciências, como, por exemplo, os Encontros Nacionais de Ensino de Química. Também trabalho com professores no Projeto Foco, na UFMG. E trabalho na formação de professores de química. Agora, com este novo livro, estou planejando abrir um contato direto com professores de todo o país por meio de e-mails e redes sociais.

Você acha que a atenção que se está dando ao aquecimento global pode desviar a atenção do público e dos cientistas de outros problemas, como chuva ácida, camada de ozônio e poluição das águas?
Sem dúvida. Acho que o maior problema ambiental do Brasil é a poluição das águas urbanas. Todos os rios, lagoas e oceanos que banham as grandes e médias cidades estão poluídos, o que é um problema enorme, pois demandaria muito esforço e dinheiro despoluí-los. Veja por exemplo a lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, completamente poluída, mas que continua sendo usada pela população de baixa renda para pescar e mesmo para contato primário. Os peixes têm uma diversidade enorme de bactérias e seu consumo traz problemas para a população mais pobre. No entanto, tudo isso permanece invisível na mídia. É como se nada disso estivesse acontecendo. Eu considero que todos esses temas deveriam aparecer igualmente na mídia, com o devido destaque. Considero importante discutir o aquecimento global, mas não podemos deixar de prestar atenção a outros problemas que nos afligem igualmente.

Há uma discussão atual sobre se os efeitos do aquecimento global são mesmo tão perniciosos quanto as previsões alardeiam. Um dos argumentos dos que defendem essa ideia é o de que as catástrofes naturais têm aumentado significativamente nos últimos anos no planeta. Qual o seu posicionamento a este respeito?
Meu posicionamento está de certa forma expresso no capítulo sobre aquecimento global do nosso livro [Química], no volume 3. Há, sem dúvida, um aumento da temperatura média global, que tem a ver com o aumento das atividades antrópicas [realizadas pelo homem e que provocam modificações no meio ambiente], principalmente o aumento do consumo de combustíveis fósseis e a grande produção de gás carbônico associado. No entanto, o aumento das catástrofes naturais é consequência de uma série de fatores e não apenas do aquecimento global. A ocupação desordenada do espaço tem sido responsável por muitas catástrofes, por exemplo, as relacionadas a enchentes e deslizamentos de terra, como aconteceu este ano com as chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. Ou o tsunami no Japão, que provocou o acidente nuclear em Fukushima. Além disso, como mostrou este acidente, a Terra é dinâmica, tem acomodações naturais das placas tectônicas, tem vulcões que podem entrar em erupção etc. O acidente nuclear no Japão reacendeu o medo com relação à energia nuclear – o que causou, por exemplo, a decisão da Alemanha de fechar todas suas centrais nucleares até 2022. Qualquer desses desastres naturais pode causar muito mais estrago do que um possível aquecimento global – e isso não pode ser previsto. Portanto, acho importante discutir o aquecimento global e suas possíveis consequências para o clima do planeta, mas sem ignorar que há muitos outros fatores que podem causar catástrofes e sem querer tornar o aquecimento global uma panaceia para todos os males que assolam o planeta.

A química teve uma importância fundamental nas chamadas revoluções industriais, cada uma com suas especificidades. Gostaria que falasse da relação da química com esses três períodos da história moderna e de seus aspectos controversos que, de certa forma, ainda vivemos.
A Primeira Revolução Industrial, a que se inicia com a máquina a vapor e com a criação do trabalho especializado, aconteceu na Inglaterra no século 18 e depois se espalhou pelo mundo. Ela encontra a química no seu nascedouro enquanto ciência moderna. A chamada Segunda Revolução Industrial, que entre outras coisas produziu o motor a explosão, a lâmpada elétrica e o telefone, já teve profunda influência da química e de seus produtos, que eram então fabricados industrialmente. A busca de novidades no mundo da química sempre gerou controvérsia, principalmente pela obtenção e uso de produtos que foram tratados inicialmente como a salvação do mundo e que mais tarde seriam condenados. Veja o exemplo do DDT [Dicloro-Difenil-Tricloroetano], usado indiscriminadamente como inseticida e mais tarde banido como um dos mais venenosos produtos químicos jamais vistos. A chamada Terceira Revolução Industrial, a da invenção dos aparelhos eletroeletrônicos, é uma revolução aparentemente limpa, pois diminui o tamanho dos aparelhos e a quantidade de lixo produzido por unidade.
A cada revolução são instalados processos mais limpos de obtenção das matérias-primas e dos produtos finais, mas em compensação aumenta-se o lixo produzido pelos próprios aparelhos, que se tornam obsoletos muito rapidamente. Quanto tempo dura um computador hoje em dia? E para onde vai todo esse lixo? Acho que a lógica do consumo, própria da sociedade capitalista, está completamente na contramão do cuidado com o ambiente. Este é um problema atual e todas as indústrias que se dizem sustentáveis hoje em dia querem é que você consuma cada vez mais. Isso é uma grande contradição da atualidade. Precisamos descobrir como diminuir o consumo, como usar mais as coisas, ou seja, precisamos ir na contramão de toda a tecnologia do consumo. Como?

A história da química está repleta de grandes nomes, como Lavoisier e Boyle, mas é difícil lembrar de algum químico mais recente. Há algum que você poderia citar, ou hoje as pesquisas são feitas apenas em equipes? Você acha que os alunos sentem falta de “heróis” modernos na ciência?
Considero que mudou o padrão da produção científica. Com a internet, a velocidade de produção aumentou ainda mais e diversificaram-se as áreas de interesse. Hoje há muita coisa de ponta sendo feita que não pertence simplesmente à química, à física, à biologia ou à engenharia, mas é algo completamente interdisciplinar. Veja o exemplo da nanotecnologia – há cientistas de todas essas áreas envolvidos na pesquisa deste ramo. Assim, a produção científica é muito mais coletiva, envolve a cooperação entre diferentes institutos de diferentes países, sendo, portanto, difícil atribuí-la a um único nome. Embora continuem existindo destaques individuais, e pesquisadores continuem a ganhar o Prêmio Nobel de química, o mérito das grandes descobertas e invenções da ciência atual é coletivo.

O que preocupa o cidadão Eduardo Mortimer no mundo contemporâneo?
A questão ambiental é, atualmente, o grande desafio da humanidade. Apesar de todas as teorias sobre sustentabilidade, química verde, produção mais limpa, acho que continuamos a não ter uma preocupação com todas as fases dos nossos produtos. Continuamos a dar descarga nos nossos dejetos e a ignorar para onde eles vão. A humanidade criou um modo de vida meio mágico, onde um simples apertar de botão lança luz em tudo, um simples toque na descarga tira tudo de nossa vista. Porém, no Brasil, por exemplo, a grande maioria do esgoto vai poluir os rios, lagos e mares; apenas 10% do nosso lixo é reciclado. Até quando vamos continuar a conviver com essa realidade, fingindo não percebê-la? Até quando o planeta vai aguentar tudo o que retiramos dele e devolvemos como lixo? Haverá condições de um brasileiro consumir tanta energia como um americano consome? As cidades brasileiras continuarão a crescer desordenadamente? Haverá condições de tirar todo mundo da pobreza? Essas são questões reais para as quais ainda estamos longe de dar uma solução convincente e que poderão custar muito caro aos nossos filhos e netos.

Quais são seus planos para o futuro?
Daqui a alguns anos pretendo me aposentar para me dedicar à produção de livros que gostaria de escrever, livros sobre temas atuais da ciência, livros sobre filosofia da química, quem sabe até um romance. Gostaria também de me dedicar novamente à música, uma carreira que abandonei há quase 30 anos.


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